domingo, 10 de dezembro de 2023

São Paulo tem mais de 600 mil pessoas vivendo em meio ao esgoto e sem saneamento

O esgoto é jogado direto no rio, que na primeira chuva mais forte invade a casa com sua água cinza, estragando os móveis e espalhando doenças. O cheiro forte e azedo é onipresente, e a visita de ratos, praticamente diária. Assim é a vida de Maria Auxiliadora, 62. Para ela e outras milhares de famílias, isso é viver em São Paulo.  Na cidade mais rica do Brasil, comunidades inteiras ainda residem em meio ao esgoto. Excluídas de serviços básicos, pessoas como Maria Auxiliadora escancaram as contradições da capital, que aparece em sétimo lugar no ranking nacional do saneamento, enquanto deixa pelo menos 660 mil pessoas sem esgotamento sanitário –mais que toda a população de Florianópolis. Dora, como é conhecida, mora em Chácara Três Meninas, uma favela na zona leste às margens do rio Tietê, onde vivem cerca de 3.000 famílias. Em 2019, a Folha de S.Paulo esteve no local e conversou com a profissional de reciclagem, que não tinha água encanada e esgoto. Em meados de novembro deste ano, a reportagem voltou ao local e constatou que, de quatro anos para cá, pouca coisa mudou. A vida na comunidade segue cercada por esgoto, doenças e problemas de infraestrutura. Folhapress 

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